#PortugalCoup. É esta a mais recente hashtag a invadir o Twitter. Após a declaração que Cavaco Silva fez ao país na passada quinta-feira, 22 de outubro, e em apenas quatro dias, este movimento tornou-se completamente viral, ultrapassando já a barreira dos 32 mil tweets.
Na sequência de um sarcástico tweet do italiano Francesco Lari, os utilizadores portugueses responderam com humor.
Multiplicaram-se as imagens, roubadas a outras ocasiões para ficcionar uma rebelião debaixo da hashtag #PortugalCoup. A Maratona de Lisboa transformou-se num enorme protesto a bloquear a Ponte 25 de Abril e os festejos dos benfiquistas, no Marquês de Pombal, foram descritos com uma manifestação comunista.
“Portugal”, “democracy” e “media” são alguns dos termos mais referidos pelos internautas que usam esta rede social, sobretudo no Reino Unido, na Grécia e na Irlanda, que tiveram o maior número de reações a este movimento.
O que começou com uma brincadeira ganhou contornos impressionantes, surgindo, na manhã do último domingo, como um dos três primeiros “assuntos do momento” no Twitter, para os utilizadores portugueses. Aos que aproveitaram para analisar a atual realidade política nacional, juntaram-se as publicações de figuras políticas ou de jornalistas que, além de acreditarem que Portugal vivia um golpe de estado, pediam contas aos media, sobretudo à BBC, por não noticiar estes (supostos) acontecimentos.
Kate Hoey – membro do parlamento do Reino Unido – ou Daniel Hannan – deputado britânico no parlamento europeu – são apenas dois desses exemplos.